Há almas vagas vagando vadias por várzeas e virgens vias
Almas que não se conheciam
Ou que há tempo, fora do tempo, não se viam...
Almas que não fizeram o que deviam
Deixaram pra depois
Almas incorporadas de amores
Se amaram em vários corpos
Eretos e tortos e nos desencontros
Se perdem
Se encontram
Se olham
Se pedem
Se falam
Se querem
Se tocam
Se beijam
Se sentem e mesmo não se recordando
Sentem que já se amam
Fazendo amor e se amando. (Júlio Nessin)
* * *
Fui desejada, buscada, beijada, conquistada, amada...
Não sabia, não busquei, relutei, me deixei, me entreguei...
Atraí e fui atraída e desse jeito fui consumida
Não há planos, não há panos, não há tempo, só o momento
Momento de sentir, de chegar e não querer ir
De se deixar, se permitir
O que vem depois não se sabe, não cabe, não se planeja, só se almeja
Não há botões, só emoções
Do que se sente, das nossas mentes e em nossos corações...
Não há certezas, só cartas na mesa
E o amanhã, o destino, o futuro... Tudo isso é depois
Por enquanto somos só nós dois (Sheila Torres)
Publicado no Recanto das Letras em 06/05/2009
http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/1578554
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